Remates do Bocal de Ouro faturam mais de R$ 4 milhões
Com um faturamento de R$ 4,15 milhões, a temporada de leilões do Bocal de Ouro 2017 encerrou de forma bastante positiva. Foram cinco remates entre os dias 5 e 9 de abril, todos realizados no Tatersal do Cavalo Crioulo, localizado no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).
O preço médio alcançou de R$ 20,2 mil na comercialização de 220 lotes, entre animais, cotas e coberturas da raça Crioula.
O lote mais valorizado de todos os leilões foi a égua Las Misiones Lembranças, mãe da terceira melhor fêmea da Expointer 2012 e recorde de comercialização na feira, Las Misiones Que Guapa, vendida no leilão de Liquidação de Matrizes da cabanha Las Misiones, pelo valor de R$ 200 mil. Outro destaque foi a égua PO Gata Negra, filha do garanhão Equador de Santa Edwiges, adquirida por R$ 125 mil no remate da Don Marcelino.
“Tivemos um ciclo de leilões muito positivo, pois vendemos praticamente todos os animais. Este é um sinal que reflete que há liquidez e procura, e nos deixa muito animados do que vem pela frente”, ressaltou o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva.
Para Mauro Ferreira, titular da Cabanha Macanudo (Lavras do Sul-RS) e ex-presidente da ABCCC (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos) a seleção dos animais ofertados atraiu muitos investidores: “Junto com a Estância Liberdade, vendemos uma égua campeã do Freio de Ouro e animais credenciados para este ciclo, inclusive ao próprio Bocal”, afirmou.
O leilão Cabanhas Carpe Diem e Mapocho reuniu promotores que têm as mesmas raízes. “Somos oriundos da cidade, do meio urbano e acabamos no meio do cavalo para não sair mais. É uma satisfação poder agora compartilhar a nossa genética com outros crioulistas”, comentou Claudia Sant’Anna, proprietária da Cabanha Mapocho de Pelotas (RS).
Os leilões marcaram a entrada de novos investidores, mostrando que há uma tendência de ampliação de estreantes na raça Crioula, não só como criadores, mas também de usuários, especialmente nas regiões de fomento no país. “Tivemos muita gente nova comprando e gente com potencial também investindo na raça, com muitos lances vindos do Norte e Centro do Brasil e formando manadas grandes”, finalizou Marcelo Silva.